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Trabalhadores(as) no Grupo São João entram em ESTADO DE GREVE contra demissões e atraso em pagamentos
Assembleias aconteceram às 10h e às 18h no estacionamento do Sindicato dos Rodoviários, em Sorocaba
Os trabalhadores e trabalhadoras no Grupo São João entraram em ESTADO DE GREVE contra demissão em massa e pelo pagamento correto de salário, tíquete-refeição e horas-extras. A paralisação foi definida em assembleias realizadas nesta segunda-feira (17), às 10h e às 18h, no estacionamento do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região.
Com a decisão das assembleias, o Sindicato irá protocolar notificação de greve na empresa amanhã, dia 18, e a paralisação deve começar após o término do prazo de 72 horas, conforme determina a lei de greve em serviços essenciais.
O Grupo São João opera o transporte urbano em Votorantim e em Salto de Pirapora, o intermunicipal (suburbano) entre Sorocaba e os municípios de Votorantim, Salto de Pirapora, Porto Feliz, Piedade e Boituva, o escolar em Sorocaba, Salto de Pirapora, São Miguel Arcanjo e Piedade e o transporte por fretamento, atendendo empresas e turismo.
A empresa começou a realizar demissões em todos os setores e pressiona os trabalhadores(as) para aceitar o parcelamento das verbas rescisórias. O Sindicato e a categoria não aceitam as demissões, nem parcelamento de direitos.
“A empresa sempre lucrou em cima dos trabalhadores e agora, neste momento delicado, quer jogar um grande número de pais e mães de família no desemprego. Não aceitamos! Vamos lutar com todas as nossas forças para impedir essa crueldade”, afirma o presidente interino do Sindicato dos Rodoviários Adalberto de Souza Carvalho, Dadá.
Não pagamento de direitos
O Grupo São João aderiu à Medida Provisória 936/2020 (Lei 14.020 de 06 de julho de 2020) e não está pagando corretamente o acordo firmado com o Sindicato dos Rodoviários.
A empresa não pagou em maio o valor de 50% das horas-extras feitas março, conforme determina o acordo. Assim como descontou irregularmente 20 folhas de tíquete-refeição. O Sindicato exige o pagamento imediato das horas-extras e do tíquete-refeição.
Salto de Pirapora
Os trabalhadores(as) em transporte escolar em Salto de Pirapora estão há 50 dias sem receber salário por um erro cometido pela empresa no envio da documentação para adesão à modalidade suspensão de contrato de trabalho da MP 936/2020 (Lei 14.020 de 06 de julho de 2020). O Sindicato exige que a empresa pague salário aos trabalhadores(as) enquanto não acerta as questões burocráticas junto ao governo federal.
Nesse período, os trabalhadores(as) no escolar de Salto de Pirapora estão recebendo apenas cesta básica e plano de saúde e, na última sexta-feira (14), os agentes de bordo receberam cerca de R$ 300,00 e os motoristas R$ 700,00 como adiantamento de parcela do 13º salário.
“Exigimos a solução imediata de todos esses problemas que prejudicam muito a categoria. Entendemos que a pandemia trouxe problemas, mas os trabalhadores têm apenas o salário para se sustentar e não é justo que eles, que tanto se dedicaram e que também estão na linha de frente do trabalho essencial para a sociedade, sejam prejudicados dessa forma”, explica Dadá.
CONFIRA AS FOTOS DAS ASSEMBLEIAS:








































































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