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Trabalhadores em Sorocaba protestam contra a destruição do INSS
Ato aconteceu em frente à agência do INSS e à gerência executiva do órgão; protesto faz parte do Dia Nacional Contra o Desmonte do INSS que ocorre em todo o país nesta sexta-feira,14
Trabalhadores e trabalhadoras sorocabanos estiveram na manhã desta sexta-feira em frente à agência do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social, no centro de Sorocaba, para protestar contra a política do governo Jair Bolsonaro de destruição da Previdência Social, o que está gerando longos atrasos no atendimento à população. Os manifestantes também caminharam até a agência executiva do INSS, no Jardim Vergueiro, na tentativa de serem atendidos pelo gerente executivo do INSS em Sorocaba, Décio Araújo, para apresentar uma pauta de reivindicações. No entanto, não foram atendidos.
De acordo com dados do próprio governo Bolsonaro, mais 2 milhões de pessoas aguardam atendimento na fila do INSS para receber algum tipo de benefício, como aposentadoria, auxílio doença e pensão por morte, por exemplo.
O retorno das filas do INSS é fruto da não contratação de servidores públicos, do fechamento de agências do INSS e do sucateamento dos equipamentos públicos. Além disso, desde que a “reforma” da Previdência foi aprovada, em novembro de 2019, o sistema do INSS ainda não foi adequado com as novas regras e, com isso, o atendimento está parado.
O protesto em Sorocaba faz parte do Dia Nacional Contra o Desmonte do INSS, ato convocado pelas centrais sindicais, defensoras da classe trabalhadora, e que está sendo realizado em todo o país neste dia 14.
Filas virtuais
O vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região e vereador em Sorocaba Francisco França esteve na manifestação e alertou para a invisibilidade das filas, que hoje são virtuais, mas que causam o mesmo prejuízo à população.
O diretor financeiro do Sindicato dos Rodoviários também falou dos diversos problemas enfrentados pela população. “Esses dias um trabalhador foi até o Sindicato pedir ajuda, pois ele está na cadeira de rodas, com as pernas amputadas e o INSS cortou a sua aposentadoria. É esse o tratamento que o governo Bolsonaro dá ao trabalhador deste país!”
Andreia Mattezzi, diretora de mobilização do Sindicato dos Rodoviários, ressaltou a importância de as pessoas começarem a se mobilizar para defender seus direitos. “Nossa vida está mais difícil. Nossos direitos estão sendo retirados e só com muito protestos iremos conseguir reconquistar o que já perdermos.”
Militares favorecidos
O governo Bolsonaro apontou uma saída problemática para resolver as filas no INSS. Ele quer colocar militares aposentados para realizar o serviço que deveria ser feito por servidores públicos. O custo de mais essa aventura ficará em R$ 14,5 milhões ao mês aos cofres públicos.
“Existem mais de 12 milhões de desempregados no Brasil e o governo Bolsonaro, em vez de abrir concurso público para resolver o problema de falta de atendimento do INSS, irá privilegiar os seus amigos militares. Ele quer colocar os militares aposentados, que já ganham mais de R$ 10 mil por mês, para atender no INSS e receber mais um salário por isso!”, ressaltou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região Leandro Soares.
Márcia Viana, secretária da mulher da CUT/SP, ressaltou o quanto as mulheres são as mais atingidas pelo desmonte do INSS. “Todos trabalhadores têm direito ao que é seu. Chegamos ao absurdo de ver trabalhadora com o filho completando um ano sem conseguir receber a licença maternidade. Esse tipo de situação precisa acabar”.
Ao final do protesto, os manifestantes decidiram elaborar um relatório sobre a situação, incluindo o fato de não terem sidos recebidos pelo gerente do INSS em Sorocaba, para encaminhar para o Instituto.
Com informações da Imprensa SMetal
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